O que Elie Saab nos ensina com os seus desfiles?

Foi há um mês que Elie Saab apresentou o seu desfile de haute couture em Riade, Arábia Saudita, que marcou os seus 45 anos de carreira.

O designer libanês celebrou as suas “1001 seasons” com mais de 300 looks, incluindo o vestido que a atriz Halle Berry vestiu há mais de 20 anos na cerimónia dos Óscares.

Além de nomes bem conhecidos da passerelle, como Adriana Lima, Candice Swanepoel e Sara Sampaio, o desfile transformou-se numa mini Coachella com atuações de Celine Dion, Jennifer Lopez e Camila Cabello.

Mais uma vez, Elie Saab não desiludiu e apresentou uma coleção de “cortar a respiração”, com peças handmade repletas de padrões florais, tecidos luxuosos, rendas e pedras preciosas, resultando numa perfeita sintonia entre a tradição árabe e a alta costura.

Mas o que Elie Saab nos ensina com os seus desfiles?

Desde pequeno que a paixão pela moda reside em si e aos 10 anos já costurava vestidos para a sua irmã. Cresceu no meio de uma guerra civil, mas não deixou que isso impedisse que o seu talento florescesse.

Em 1981 foi estudar moda para Paris e com apenas 18 anos criou a sua marca de roupa em Beirute, com 15 funcionários. E, em 1997, fez história ao ser o primeiro criador com nacionalidade não italiana a ser aceite pela Camera Nazionale della Moda.

Apesar de o país do designer libanês viver um período de grande instabilidade política, Elie Saab mantém-se “fiel” à sua nação, mantendo o seu atelier em Beirute. Inclusive, em 2020, uma explosão destruiu a sede da sua marca, tendo ferido alguns dos seus funcionários e o seu próprio filho, mas nem este acontecimento o fez desistir do seu país.

Mais tarde, Elie Saab abriu um espaço para novos estilistas libaneses, para que também eles possam ter a oportunidade de um lugar no mundo da moda.

Elie Saab é não só uma inspiração por celebrar em cada coleção o poder da mulher, mas também por nunca se esquecer das suas raízes e lutar sempre pelo povo libanês.

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